A mortalidade do câncer aumentará. Como eu evito isso?
A mortalidade do câncer aumentará. Como eu evito isso?
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A mortalidade do câncer aumentará!
Um cenário sombrio começa a se formar com a COVID-19.
No Brasil, não se conseguiram diagnosticar 50 mil casos novos de câncer desde o início da pandemia.
Na França, 30 mil casos novos também não foram diagnosticados.
Na Inglaterra, são 2 mil cânceres “esquecidos” por semana.
As sociedades internacionais de controle do câncer estimam entre 40 e 70% de atraso no diagnóstico do câncer.
Por quê isto é um grande problema?
O câncer já era uma epidemia em curso quando o COVID-19 apareceu, e o atraso no seu diagnóstico inicial aumenta a sua mortalidade – e as despesas com o seu tratamento, já muito caro.
As consequências deste cenário frente a uma recessão econômica serão trágicas.
Hoje, a área de saúde está voltada para a pandemia do COVID-19 e seus impactos imediatos.
Consultas e exames – Papanicolau, mamografia, colonoscopia e vários outros – acabam sendo adiados.
E o tempo é uma variável de alto risco no câncer.
Com grande parte de sua frente de trabalho voltada ao confronto com a pandemia (inclusive com muitas mortes e
afastamentos), a área de saúde tenta, a todo custo, lidar com outra frente que se forma, conhecida nos meios especializados,
como segunda onda: o aumento de pacientes com câncer, dialíticos, infartados, vítimas de derrame e depressão.
O que fazer?
A primeira orientação sempre será “buscar uma vida saudável”.
Alimente-se adequadamente, evite bebidas alcoólicas e cigarros, pratique algum tipo de condicionamento físico e mantenha
hábitos como sono adequado e bem-estar mental.
Avalie seu histórico pessoal e familiar. Tome consciência de sinais e sintomas que precisam de maior atenção.
Entre em contato com seu médico e o serviço de saúde que lhe transmitam a confiança necessária sobre a melhor conduta
perante exames e consultas que precisam ser realizados. Os hospitais e clínicas estão trabalhando para criar frentes seguras ao atendimento de pacientes com risco de câncer e outras doenças crônicas.
É muito importante enfrentar o medo e as emoções que nos encurralam neste momento.
Um dos segredos para isto é buscar a serenidade e a clareza sobre o que é necessário ser feito.
Tudo isto passará, mas a coragem, a confiança e a solidariedade que estamos criando são algumas das profundas lições deste momento.
E ficarão para as próximas gerações.
Dr. Isolmar T. Schettert
Oncologista e Hematologista do Hospital Novo Atibaia